Capitulo 38

Aquele dia foi tenso, cheio de preocupaçoes, aborrecimentos, minha cabeça estava latejando, as 8 horas, resolvi comer um pouco, cuidar de mim, no dia seguinte esperaria o pessoal chegar pra irmos todos juntos.

Acabei adormecendo, acordei no dia seguinte com meu celular tocando, era minha mae, atendi com voz de sono.

- filha?
- oi mae, ja chegou?
- ja sim meu amor, estou no aeroporto vem!
- to chegando mamae.

Tomei um banho rapido, vesti uma roupa quente, pois fazia frio em Londrina. Depois daquilo peguei meu carro e fui direto para o aeroporto, dentro do carro meu celular vibra, era uma SMS do Murilo.

''menina, onde voce ta? Sumiu, o Alberto quer te matar!''

Desliguei o celular e não me importei com isso, afinal, nada ali mais importava, cheguei no  aeroporto, procurei, ate que encontrei minha mãe, fui correndo abraça-la as saudades era demais, e acabei chorando em seu ombro.

Vi a mae, o pai e a irmazinha do Lipe, abracei todos que choravam inconsolaveis, a questao era, como iria contar toda aquela historia pra eles? Por onde começar? O que iria fazer? Entramos no carro e ja fomos direto pro local onde velaria o corpo, a mãe do Lipe disse que iria ficar na casa da tia dele que era de Londrina, porém nunca conheci essa tia.

No caminho no carro fomos conversando e tomei coragem e contei toda a historia para a mãe do Lipe, a reação dela foi totalmente contraria ao que eu imaginava, ela entendeu perfeitamente, assim como o pai dele.

- o Lipe sempre foi agressivo com todo mundo
- é mesmo, meu filho sempre foi muito agressivo, nunca esperei essa atitulde dele, to decepcionado
- minhas lagrimas cairam - nao falem assim por favor, perdoem ele pra ele poder ir em paz, o Lipe era briguento mais ele tinha um bom coração
- eu nao ensinei isso pro meu filho, nao nao - o pai dele disse inconformado - talvez se ele nao tivesse feito isso nao estaria morto! MORTO!

Todos estavamos chorando muito no carro, a falta que o Lipe fazia e iria fazer, era grande, por mais que ele brigasse, ele fez parte de mim, ele ja foi dono do meu coração. Chegamos ao local e vimos o corpo dele no caixão, entramos em desespero e começamos a chorar.

Sua expressão era de felicidade, talvez por ver todos juntos, ou por ter se libertado. Ficamos ali chorando, mais tarde ouve o enterro, a parte mais dificil de todas. Varias pessoas acompanharam, mesmo sem conhece-lo, foi uma coisa ruim e ao mesmo tempo lindo, ver tantas pessoas, chegaram algumas do local em que ele trabalhava.

Depois do enterro, levei os pais do Lipe ate a casa da tia dele, deixei eles na porta, nos despedimos eles disseram que voltariam para Minas Gerais no dia seguinte, nao teriam mais motivos para ficarem em Londrina.. Minha mãe foi para o meu apartamento comigo, chegando lá encontrei uma carta no chão que dizia o seguinte.

''Talvez quando você ler essa carta, eu não estarei mais aqui entre você. Pedi à um amigo que entregasse, calma não é meu fantasma.. agora devo estar na eternidade, só deixei essa carta pra te dizer que meu amor por você é eterno, mesmo depois de tudo, ainda te amarei, você se tornou parte de mim. Perdoe por todas as vezes que te machuquei, eu sei, fui um idiota, mais só peço seu perdão. E sei tambem que você vai ser a única pessoa que se importará comigo até o fim. Quero ver você bem feliz com o Luan ou com quem quer que seja, só te quero feliz, pode deixar que quando subir ao céu, vou reconhecer meus erros e querer ficar ao lado de Deus. Quero ver voce construindo sua familia com ele ou com quem seja, mas quero te ver feliz. As vezes fui egoista, pensando só em mim, mas agora percebo que quem ama de verdade, quer ver a pessoa feliz nem que isso custe sua felicidade. Eu te amo eternamente, além de tudo. Minha eterna namorada. Beijos do seu eterno Felipe, e NUNCA me tire do seu coração! Te amo!''

Minhas lagrimas insistiram em cair depois de ler aquela carta, minha mãe tambem se emocionou muito com aquilo. Pedi a ela que passasse uns meses ali comigo, pois estava muito sozinha, e iria me sentir mais triste ainda.

Passou-se algumas semanas, e eu fiquei sem ver o Luan, apareceram algumas revistas falando dele com umas peguetes. Pelo que vi, realmente nao estavamos mais juntos. Rober foi ate a minha casa entregar minha mala.

- desculpa pela demora de entregar
- eu ate tinha me esquecido dessa mala
- pois é, Luan me mandou entregar, ele ficou com ela um..
- ta Rober, muito obrigado, quer entrar? - minha mae foi ate a porta - essa aqui é minha mae, mae esse é o Rober.
- oi Rober tudo bom?
- tudo sim, to vendo de onde a Gabriela herdou tanta beleza - risos
- obrigada - risos
- entra Rober, vem
- nao posso - risos - tenho muito trabalho hoje, amanha tem show do Luan aqui em Londrina na expo, você vai?
- nem sei Rober, nao to com cabeça pra isso!
- vai moça, distrair um pouco, leva sua mae tambem
- risos - Rober, Rober
- calma, disse só pra ela passear
- tabom, amanha eu vejo e vou ta?
- tabom, vou indo

Rober pegou o elevador e foi embora, minha mae fez um almoço para nós duas, aquelas delicias que só ela sabia fazer. Entao resolvi ligar para o hospital, fazia tempo que nao trabalhava, quando o Felipe me agrediu, Luan disse que havia conversado com o pessoal do hospital, e eles haviam me liberado para 3 semanas de folga, mais como ja tinha melhorado, resolvido minha vida, entao decidi ir para o hospital, voltar minha rotina. Peguei meu telefone, procurei o número do Murilo e disquei, demorou um pouco ate atender.

- alo Lilo?
- Oi Gabriela, tudo bom? Voce sumiu louca! - risos
- é, como voce ja sabe foi muito dificil esses ultimos dias aqui..
- entendo!
- Queria saber se amanha tem alguma coisa pra fazer ai, to querendo voltar pro trabalho
- voltar pro trabalho? Como assim?
- ué, voltar pro meu trabalho
- mas Gabriela, voce nao trabalha mais aqui..


Como assim a Gabriela não trabalha mais lá? Bom amores, postei 2 capitulos HORRIVEIS hoje, mas calma, a parte boa já vem.. Posto o proximo depois de 7 comentários..